A vitamina C é um antioxidante importante para combater os radicais livres, estimular a síntese de colágeno e melhorar a barreira cutânea da pele. A dermatologista Mamy Honda, de São Paulo, lembra ainda que ela pode agir na inibição da tirosinase, uma enzima envolvida na pigmentação da pele. “Há uma vasta literatura que mostra que a vitamina C em particular pode prevenir manchas marrons e reverter danos de raios ultravioleta, além de estimular a produção de colágeno”, concorda Abigail Waldman, professora de dermatologia da faculdade de medicina de Harvard, nos EUA, no blog da Harvard Medical School.
Você sabe qual a diferença entre a vitamina C pura e a derivada, e qual delas é a mais indicada para a pele? A gente te conta tudo a seguir.
A vitamina C pura, conhecida cientificamente como ácido L-ascórbico, tende a ser mais potente. Em compensação, apresenta instabilidade química e fácil oxidação, o que pode comprometer sua performance. Para garantir sua eficácia, é importante escolher uma fórmula bem estabilizada, de boas marcas com tecnologia para isso – dependendo da solução em que a vitamina C é misturada, pode se oxidar facilmente. Além disso, a luz e o ar fazem com que, de maneira geral, o produto perca o efeito mais rápido. Já os derivados da vitamina C são, se comparados isolados, são menos potentes do que o ácido L-ascórbico, porém, são mais estáveis quimicamente. “Como a derivada é mais estável, ela tende a ser efetiva por mais tempo. A pura perde o efeito rapidamente”, complementa a farmacêutica Carol Ribeiro, ao se referir às vitaminas C puras com fórmulas não estáveis. Para descobrir se a sua vitamina C, pura ou derivada, está com os efeitos antioxidantes em dia, um truque: corte uma maçã ao meio, pingue várias gotas da sua vitamina C apenas numa das metades e espere cerca de três horas. Se a parte da maçã com o produto não escurecer, é porque a vitamina C está ativa, funcionando.
Entre as vitaminas C derivadas os nomes mais comuns são Ascorbic Acid Ethyl Ester, o L-ascorbic Acid 2-Glucoside (AA2G) e o Ascorbyl Palmitate. “A diferença entre elas está na tecnologia empregada para proteger a molécula da vitamina C da oxidação precoce”, afirma Luiz Romancini, dermatologista responsável pelas fórmulas da Creamy. “São moléculas de vitamina C alteradas que ficam protegidas da oxidação enquanto o produto está no frasco, passando a ter efeito apenas quando aplicadas na pele”, afirma.
Tanto derivada quanto pura, a vitamina C, quando usada junto com outros agentes antioxidantes, como a vitamina E, tem sua ação intensificada. “Costumo recomendar séruns que combinem vitamina C, E e ácido ferúlico”, diz a doutora Waldman, de Harvard, sobre o trio presente em fórmulas como a da SkinCeuticals.
A escolha entre uma delas vai depender do seu tipo de pele. “Por não se tratar de um ácido, a vitamina C derivada tem potencial menor de irritação, sobretudo para quem nunca utilizou o ativo ou tem pele sensível”, diz Romancini. Estudos apontam que concentrações altas, acima de 10%, demonstram melhores performances, lembrando que no caso da vitamina C, nem sempre a porcentagem equivale ao quanto vai ser entregue, já que o ativo só vira vitamina C quando em contato com a pele. Segundo Carol, porém, existem tecnologias que permitem que uma concentração menor dessa substância possa ter a mesma ação, com melhor estabilidade e permeabilidade.
Sobre contraindicação, as duas especialistas afirmam que não é comum, mas há quem tenha sensibilidade ao ativo. Neste caso, tente a derivada e, se não der certo, procure dermatologistas e peça a indicação de outro antioxidante./
VITAMINA C PURA:





VITAMINA C DERIVADA:




